FAMÍLIA E DEMOCRACIA

Um dos conceitos básicos de democracia é exatamente a escolha, não sabemos ao certo se por problema sócio econômico ou cultural as escolhas são bastante questionadas, principalmente dentro do lar. Ora, em nosso lar é o lugar certo para expormos as nossas ideias e debatermos assuntos inerentes as nossas decisões, mas nem sempre é assim tão fácil quanto parece.

    E na maioria dos lares existe uma enorme discrepância entre a democracia real e a aparente. Visto que muitas vezes discordamos de uma determinada posição, somente para acolher sugestões ou opiniões de pessoas sem grau de parentesco que possa ser determinante ao ponto de influenciar o medo de uma crítica. Ainda vemos atritos pelo simples fato de não aceitarmos algumas mudanças.

    O lar não são as paredes, elas são as moradas. O lar propriamente dito é a família e essa precisa se fortalecer internamente evitando atritos por detalhes que já não são importantes ou prioritários para os dias atuais. Dento de um projeto democrático torna-se interessante entender que os tempos mudaram e as pessoas não podem e nem devem associar uma personalidade a uma aparência.

   A família precisa estar blindada para não correr riscos desnecessários, entendemos que costumes e tradições podem perfeitamente serem equalizados no sentido de valorização e aperfeiçoamento. Porque se priorizarmos um sistema conservador, criaremos um desgaste sem precedentes com as nossas futuras gerações.

   Atualmente um dos maiores problemas de relacionamento entre pais e filhos, é devido a falta de sensibilidade para entender que os jovens insistem e desistem quase na mesma proporção e que o tempo é quem vai moldando cada um de acordo com o momento vivido. A maior fonte de amor deve ser de origem interna porque é de uma essência pura e não deixa dúvida quanto a preocupação pela felicidade.

   Nem pensar em acatar todas as mudanças, algumas delas poderão trazer danos irreparáveis. As vezes precisamos ser incisivos e não ceder mesmo, mas procurar explicar e convencer sem eximir da participação, mesmo porque trata-se da família, e nela é onde deve existir o maior ponto de concentração democrática.

 

   Ass.  Maninho.