O FRIO DO MEDO

      E inesperadamente aconteceu, um suor gelado percorreu o corpo inteiro. Parece até que existe uma reserva refrigerada na gente, engano, é medo mesmo, e esse frio do medo, constata o nosso despreparo diante dessas situações. O medo altera nosso consciente de forma inexplicável, em muitas ocasiões, sofremos bloqueios ativos ou passivos, e em ambas situações, são claramente visíveis a falta de equilíbrio racional ou emocional.

   O frio do medo, nos traz uma sensação de perda e desespero, principalmente quando enfrentamos grandes surpresas, essas quando são em proporções agravantes, nos envolve com o frio do medo, sem nos deixar pensar em explicações ou alternativas. Perdemos o nosso controle e ficamos vulneráveis, e as vezes de forma covarde, simplesmente nos entregamos sem lutar. E assim o frio aumenta e nos congela, sem oferecer o calor de nossa voz para proporcionar uma possível defesa.

     Pensar que estamos perdidos, é um terrível erro, por mais absurdo e complicado que seja o momento, não é digno fugir do problema, problemas são túneis, que com muita ou pouca iluminação, sempre terão início e fim. É mais honrado assinar a sentença, de que aceita-la sem defesa.

    Perder, é uma consequência superável, se acovardar, é uma atitude inaceitável. Quando o frio do medo chegar, lembre-se que em suas veias correm sangue, e não gelo, procure se aquecer com qualquer possibilidade, sempre vai existir uma, mesmo que muito remota, mas sempre existe.

       A vida quer atitude, ficar de pé frente ao problema, é a opção mais viável para diminuir o mesmo. Mesmo porque a maioria desses monstros que nos causam frios de medo, fomos nós que os criamos, alimentamos e guardamos, pensando que estão presos, e um dia eles ficam frente a frente, fugir é quase impossível, o mais lógico é encarar.

 

Ass.  Maninho

Artigo Original