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O coração é uma grande casa com a porta aberta, o lugar perfeito para abrigar todos sentimentos, e ao chegarem a essa porta, entram e vão se instalando de mansinho.
Até parece que se misturam, devido ao comportamento de seu construtor, mas é só impressão, eles são moradores exclusivos, cada um em seu alojamento e a grande lição é que são solidários, as vezes se recolhem, se escondem, mas nunca abandonam seus vizinhos e suas moradas.
Quem constrói uma casa no coração deve ter muito cuidado ao faze-la, porque não é um condomínio fechado, e as vezes a casa é invadida por sentimentos aventureiros e pode comprometer a estrutura da casa, se a casa está com a porta aberta, é sempre receptiva não podemos impedir o acesso, mas podemos blindar os compartimentos onde estão os sentimentos puros, evitando uma possível contaminação.
Incrível a capacidade quer ela tem de absorver tantos moradores, desde o mais conhecidos aos que ainda estão no anonimato, ela tem um grande segredo, não impede a entrada, mas pode controlar a saída. E controlar a saída, vai representar o desenvolvimento da casa, se não tivermos esse controle, a casa pode desmoronar, e quem for responsável por ela, será a primeira vítima.
Visite os moradores de sua casa, essa casa chamada coração, depende muito de nós para permanecer com a porta aberta, e essa abertura se um dia fechar a casa fica sombria.
O amor deve ficar no cômodo mais confortável, se possível pertinho da esperança, não forneça o numero do quarto deles ao ódio e a maldade, se um dia eles se encontrarem, a casa fica confusa. A saudade e a lembrança são vizinhas do quarto da alegria e da verdade, a mentira fica nos últimos cômodos da casa, dividindo a parede com a falsidade.
Ah, essa casa de porta aberta, mora todos os sentimentos. Deixe um guardião na porta, e só permita a saída se tiver certeza qual o sentimento que está saindo, assim não colocamos em risco outras casas com a porta aberta, existem muitas que já não conseguem resistir invasões.
Ass. Maninho.
