Quando falamos sobre as tradições e dizemos que isso ou aquilo são as nossas raízes, é porque sem dúvida elas são o sustentáculo e de tão importantes são reverenciadas. O ideal é que elas estejam bem protegidas mas isso nem sempre é possível, e as vezes ficam expostas.
Mas mesmo expostas continuam majestosas em suas funções de segurança, e mostram o quanto são fortes e resistentes, e sem impedir que o vento carregue suas flores com sementes para semear em diferentes locais. E aí estão elas esperando que o solo um dia venha a protege-las novamente.
Nós tal qual a elas temos nossas aparências, momentos protegidos e outros expostos mas continuamos firmes porque só assim poderemos continuar. Um dia estamos aqui e outro em qualquer lugar mas não esquecemos o nosso berço, e estendendo-se pelo mundo levamos conosco uma certeza, estamos lá ou em outro lugar devido as nossas raízes.
É importante que por mais que a gente possa progredir e que tenhamos chegado ao topo das realizações, possamos continuar a divulgar e valorizar o nosso começo. Vi recentemente uma entrevista de uma pessoas bem sucedida falando da infância difícil que teve, e mesmo hoje realizado e vencedor não escondeu que já se alimentou até com produtos fabricados em olaria. Fascinante ver alguém assim tão original.
Isso não é vergonha, é honra. A coragem de falar sobre uma dificuldade vencida, com a mesma naturalidade que fala do sucesso, enquanto alguns negam até paternidade. Aonde estivermos, estaremos porque começamos e negar as origens não é uma atitude plausível.
Somos produtos de todos os tipos de raízes, e independente de árvores altas ou rasteiras, estamos entre o sol e o solo. E isso significa que aonde quer que a gente chegue identificarão a origem de nossa árvore, então nada melhor de que nós mesmos valorizar as nossas origens.
Ass. Maninho.
